miércoles, 24 de abril de 2013

problemas de transporte


As cidades brasileiras apresentam graves problemas de transporte e qualidade de vida. Esta situação decorre de muitos fatores sociais, políticos e econômicos, mas deriva também de decisões passadas relativas às políticas urbanas, de transporte e de trânsito. A cultura do automóvel, que drenou muitos recursos para o atendimento de suas necessidades e o sistema de transporte, permanece insuficiente para atender à demanda crescente.
Esta situação permanece e tende a se agravar: a falta de transporte público de qualidade estimula o uso do transporte individual, que aumenta os níveis de congestionamento e poluição. A ausência de planejamento e controle que ordenem o uso e a ocupação do solo acaba por deixar que o desenho da cidade seja resultado exclusivamente de forças de mercado, que tendem a investir nas áreas de maior acessibilidade, freqüentemente com graves impactos ambientais e sobre o sistema de circulação local.
Dentre as grandes dificuldades verificadas podemos citar a produção de situações crônicas de congestionamento, os prejuízos crescentes ao desempenho dos ônibus urbanos, o decréscimo no uso do transporte público regular, o aumento da poluição atmosférica e da generalização dos acidentes de transito, a necessidade de investimentos crescentes no sistema viário, a violação das áreas residenciais e de uso coletivo, a redução das áreas verdes e a impermeabilização do solo.
Os custos para sociedade brasileira deste modelo inadequado de transporte urbano são socialmente inaceitáveis e constituem importantes obstáculos sob o ponto de vista estratégico.
O Transporte Urbano e o Futuro do Brasil
Atualmente mais de 75% da população brasileira residem em áreas urbanas, nas quais a maioria é dependente do transporte público para deslocar-se.
As dificuldades nos deslocamentos de pessoas e de mercadorias, aliadas aos acidentes de trânsito e à poluição atmosférica, deverão agravar-se, à medida que a urbanização prosseguir e a economia crescer.
À relevância destes impactos negativos requer com urgência um reexame do modelo atual de transporte e circulação das cidades brasileiras. Isto só pode ser obtido caso o processo de desenvolvimento urbano e as políticas de transporte e trânsito sejam revistas, de forma a gerar um equilíbrio entre os vários modos, desenvolvendo assim a eficácia do sistema e garantindo condições adequadas para a maioria dos usuários. As políticas necessárias devem ser adotadas de forma a garantir melhor qualidade de vida para toda a população, maior eficiência, sem esquecer da qualidade ambiental

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